Açúcar: quão amargo pode ser o doce?
De acordo com a Organização Mundial de Saúde(OMS), o consumo de açúcares simples/adicionados à nossa alimentação deve ser abaixo dos 10% do total energético diário, devendo aproximar-se dos 5%. Segundo o último relatório da OMS, em Portugal o consumo de açúcar entre crianças aproxima-se dos 25% das necessidades energéticas totais. As crianças que ultrapassam regularmente as recomendações citadas em cima, têm maior probabilidade de virem a ser obesas e a desenvolver problemas dentários mais facilmente, entre outros.
Como já é de conhecimento geral, o consumo excessivo de açúcar traz consequências adversas para a saúde. O seu consumo excessivo pode causar doenças coronárias, diabetes tipo II, problemas neurológicos, doença renal crónica e sindrome metabólica, entre outras.
O açúcar pode ser encontrado de duas formas:
- Naturalmente presente nos alimentos, como por exemplo na fruta(frutose) e no leite(lactose)
- Açúcares simples/adicionados, inclui qualquer tipo de açúcar (açúcar branco e amarelo, mel, xarope) que seja adicionado em qualquer refeição ou alimento.
Mas quais as principais fontes de açúcares adicionados? Em seguida deixamos uma lista dos produtos vendidos que contêm maior % de açúcar adicionado:
- Refrigerantes e sumos (coca-cola, iced tea, sumol…)
- Bolos
- Sobremesas
- Chocolates
- Bolachas
- Cereais
Para reduzir o consumo de açúcar, pode começar por observar estas sugestões:
- Em substituição dos refrigerantes e sumos, prefira água ou infusões de ervas.
- Se costuma adicionar açúcar ao seu café, chá ou leite, opte por adoçantes naturais ou 1 pau de canela.
Se habitualmente consome estes produtos, estas simples alternativas produzirão um efeito considerável. Consegue quantificar a quantidade de açúcar que deixaria de consumir?
Antes de adquirir qualquer produto alimentar, faça uma leitura atenta do rótulo nutricional. Esteja alerta à lista de ingredientes e à tabela nutricional. Qualquer produto que tenha na sua lista de ingredientes “açúcar”, tente evitar ao máximo.
O paladar é passível de ser alterado e com o tempo vai-se adaptando aos novos sabores.
Em conclusão, não precisa de excluir todos os doces e açúcar da sua alimentação, mas sim dosear e tentar limitar o seu consumo. De forma a conseguir planear as suas refeições e puder incluir estes produtos, procure um nutricionista para o orientar a fazer as escolhas mais saudáveis e equilibradas.
Como temos vindo a referir ao longo dos posts, o segredo está SEMPRE nas quantidades!
Referências bibliográficas:
- American Hearth Association [Internet] Available from: http://www.heart.org
- Guideline: Sugar intake for adults and children. Geneva, World Health Organization (WHO), 2015.
- http://www.sinazucar.org/
Equipa Slim7
Filipe Rebelo – Nutricionista (2290NE)